Venezuela fará eleição em Essequibo, território da Guiana que governo Maduro reivindica

  • 22/05/2025
(Foto: Reprodução)
Um ano após promulgar decreto criando uma província venezuelana na região, o governo venezuelano quer eleger autoridades para o território de 160.000 km², sobre o qual não tem nenhum controle, já que a administração é da Guiana. Maduro segura novo mapa da Venezuela com anexação de Essequibo Zurimar Campos/Presidência da Venezuela A Venezuela anunciou que um governador e oito deputados serão escolhidos para governar a região de Essequibo, que o governo Nicolás Maduro reivindica como sua, em eleições neste domingo (25). ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp A votação ocorre um ano após o presidente venezuelano promulgar uma lei que cria uma província da Venezuela no território, internacionalmente reconhecido como sendo da Guiana e rico em petróleo. "É inabalável a nossa vontade de recuperar os direitos históricos, territoriais e para além da Guiana Essequiba", expressou o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, nesta quarta-feira (21). Ninguém no próprio Essequibo poderá participar. Os centros de votação estarão no estado fronteiriço de Bolívar. É a primeira vez que a Venezuela pretende eleger autoridades para esse território de 160.000 km². O presidente guianês, Irfaan Ali, disse à AFP que o processo é uma mostra de "desespero e propaganda" da Venezuela, embora tenha identificado ao mesmo tempo como uma "ameaça". Na fronteira entre os dois países, Essequibo está em disputa há mais de um século. Porém, em dezembro de 2023, o assunto voltou a ganhar força internacionalmente. Maduro divulgou um 'novo mapa' da Venezuela com a incorporação da região e anunciou licenças para explorar petróleo por lá. Essequibo: Maduro promulga lei que cria província da Venezuela em território da Guiana Simbolismo A Venezuela sustenta que herdou Essequibo da era colonial espanhola e, em 3 de dezembro de 2023, celebrou um referendo sobre a soberania desse território, embora sem a participação da sua população. O mesmo ocorre agora na eleição do primeiro governador, que cumprirá funções de outro estado e não terá nenhum tipo de autoridade sobre os habitantes dessa região. "Não existe jurisdição nem exercerão soberania", explicou Ricardo de Toma, pesquisador venezuelano do tema Essequibo no Instituto Meira Mattos no Rio de Janeiro. "A eleição é simbólica, o mandato será simbólico". O cientista político Gabriel Flores, no entanto, vê as eleições como "um ato estratégico da Venezuela para reafirmar o domínio sobre o território em disputa". Eleitores duplos O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), acusado de servir ao chavismo, informou que o registro eleitoral para domingo é de 21,6 milhões de eleitores, porém não há detalhamento. O site do CNE está fora do ar desde a madrugada de 29 de julho de 2024, quando o presidente Nicolás Maduro foi proclamado vencedor da eleição presidencial. Segundo o conselho, a página foi alvo de um ataque cibernético. Os eleitores estão distribuídos, em princípio, entre duas paróquias do estado de Bolívar e votarão nas autoridades de ambas as entidades. O candidato do chavismo é o ex-comandante da Marinha venezuelana Neil Villamizar. Alexis Duarte é da ala da oposição, que rejeitou o apelo da líder María Corina Machado para não participar. A Guiana reforçou sua presença militar na fronteira neste período que antecede as eleições. Na semana passada, denunciou um suposto ataque a suas tropas na mesma área em que relatou outro em março. "Não vamos cair em provocações", disse o ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino, que incluiu na saudação militar a frase "O sol da Venezuela nasce no Essequibo". O chefe da diplomacia dos EUA, Marco Rubio, alertou em março que qualquer ataque "não terminaria bem" para a Venezuela.

FONTE: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2025/05/22/venezuela-fara-eleicao-em-essequibo-territorio-da-guiana-que-caracas-reivindica-como-seu.ghtml


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