Trump escolhe defensor da separação de famílias ilegais nos EUA como 'czar da fronteira'
11/11/2024
Tom Homan trabalhou no primeiro mandato do republicano como diretor de imigração e ficou conhecido pelos posicionamentos controversos. Diretor ficará responsável por deportações. Tom Homan em setembro de 2019
REUTERS/Jonathan Ernst
O presidente eleito do Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (11) que escolheu Tom Homan como o responsável por cuidar das fronteiras do país no próximo governo. Homan foi diretor do departamento de Imigração e Alfândega dos EUA no primeiro mandato de Trump.
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Em uma rede social, o presidente eleito disse que Homan será o "czar da fronteira" no próximo mandato dele. "Czar" era como eram chamados os imperadores russos que até o início do século 20 tinham poderes plenos.
Durante a campanha presidencial, Trump costumava chamar a adversária Kamala Harris de "czar da fronteira". O objetivo dele foi responsabilizar a democrata pelas políticas imigratórias do país, das quais era crítico.
"Conheço Tom há muito tempo e não há ninguém melhor em policiar e controlar nossas fronteiras. Da mesma forma, Tom Homan ficará encarregado de todas as deportações de estrangeiros ilegais de volta ao seu país de origem", publicou Trump em uma rede social.
Homan já era cotado para um cargo na Segurança Interna dos Estados Unidos. Durante o primeiro mandato de Trump, ele foi muito criticado por ser um dos defensores da separação de crianças de famílias que imigraram ilegalmente para o país.
No novo governo, ele ficará responsável pela fiscalização das fronteiras com o México e o Canadá, além da segurança marítima e aérea voltada ao tema imigratório.
Uma das promessas de campanha de Trump é promover a maior deportação em massa de imigrantes ilegais da história dos Estados Unidos. O presidente eleito ainda não deu detalhes de como funcionará a medida.
Homan foi muito citado e elogiado por Trump na campanha presidencial.
Operação 'humana'
No domingo (10), Tom Homan deu uma entrevista à Fox News, onde comentou a política imigratória do novo governo Trump.
Segundo o futuro diretor, militares não devem ser usados para localizar e prender imigrantes legais no país. Ele também defendeu uma abordagem "humana".
“Será uma operação bem dirigida e planejada, realizada pelos homens do departamento de Imigração e Alfândega dos EUA", disse. "Eles são bons nisso", completou.
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