FBI faz buscas na casa de ex-assessor de Trump que criticou governo dos EUA
22/08/2025
(Foto: Reprodução) O ex-conselheiro de Segurança Nacional de Donald Trump, John Bolton, durante entrevista na Casa Branca, em 2019.
Evan Vucci/ AP
O FBI realizou nesta sexta-feira (22) buscas na casa de um ex-assessor do presidente dos EUA, Donald Trump. John Bolton, que foi conselheiro de Segurança Nacional no primeiro mandato de Trump, rompeu com o presidente e passou a criticá-lo após deixar o governo.
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A operação desta sexta, que ainda estava em andamento até a última atualização desta reportagem, faz parte de uma investigação sobre o manuseio irregular de documentos confidenciais, segundo disse à agência de notícias Associated Press uma fonte do governo.
Quando deixou o governo, durante o primeiro mandato de Donald Trump, Bolton foi acusado por autoridades da época e apoiadores de Trump de ter divulgado informações confidencias em um livro que escreveu "The Room Where it Happened" ("A Sala Onde Aconteceu").
O Departamento de Justiça chegou a apurar, mas, em 2021, já no mandato do ex-presidente Joe Biden, desistiu do processo e descartou uma investigação sobre o caso.
O Departamento de Justiça ainda não havia se manifestado sobre a operação até a última atualização desta reportagem, mas o diretor do FBI, Kash Patel — aliado de Trump — afirmou em uma postagem pelas redes sociais: "NINGUÉM está acima da lei... Agentes do FBI em missão".
A Procuradora-Geral dos EUA, Pam Bondi, compartilhou a publicação de Patel e acrescentou: “A segurança dos Estados Unidos não é negociável. A justiça será buscada. Sempre.”
Após a operação, Trump chamou Bolton de "desprezível".
"Eu não sou fã de John Bolton. Ele é meio desprezível", declarou o presidente nesta sexta ao ser questionado sobre a operação do FBI.
Agente do FBI na porta da casa do ex-agente de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton, durante operação de buscas em sua residência, em 22 de agosto de 2025.
Tasos Katopodis/ Reuters
Ainda de acordo com a fonte da Associated Press, Bolton nem foi detido e nem acusado de nenhum crime.
O ex-assessor foi conselheiro de segurança nacional de Trump por 17 meses, em 2019. No final desse período, ele começou a entrar em conflito com Trump sobre a relação dos EUA com o Irã, o Afeganistão e a Coreia do Norte.
Depois disso, virou alvo de críticas por conta de seu livro. Os advogados de Bolton disseram que o ex-assessor recebeu de um funcionário do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca a autorização para publicar o livro e o parecer de que o manuscrito não continha mais informações confidenciais.
A busca na casa de Bolton ocorre em um momento em que o governo Trump vem tomando medidas para monitorar atividades de adversários do presidente republicano.
Em seu primeiro dia de retorno ao cargo este ano, Trump revogou as autorizações de segurança de mais de 40 ex-oficiais de inteligência, incluindo Bolton.
Transmissão ao vivo g1