Ex de Epstein diz em depoimento não acreditar que ele tenha cometido suicídio na prisão

  • 22/08/2025
(Foto: Reprodução)
Departamento de Justiça dos EUA ouviu a ex-parceira e cúplice do bilionário Jeffrey Epstein A ex-namorada de Jeffrey Epstein, Ghislane Maxwell, afirmou não acreditar que ele tenha se suicidado no depoimento que deu ao procurador-geral adjunto dos Estados Unidos, Todd Blanche, em julho. A declaração é apenas uma parte das horas de transcrição da conversa entre eles, que durou dois dias, divulgada pelo Departamento de Justiça dos EUA nesta sexta-feira (22). "Não acredito que ele tenha cometido suicídio", disse. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Ghislaine foi condenada em 2021 por crimes relacionados ao tráfico sexual de menores, incluindo conspiração para aliciar meninas para abuso sexual, e cumpre pena de 20 anos de prisão. Outro trecho que chamou atenção foi o que a ex de Epstein fala do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e afirma que nunca o viu em um "ambiente inapropriado" - vale lembrar que o republicano e o bilionário, que era famoso por suas festas, eram amigos nos anos 90. "Nunca testemunhei o presidente em qualquer situação inapropriada, de forma alguma. O presidente nunca foi inapropriado com ninguém. Trump sempre foi muito cordial e gentil comigo", declarou. Após o depoimento dado, em meio a uma tempestade política vivida por Trump, que está sendo pressionado até por aliados por causa do caso, ela recebeu direito à transferência para uma prisão de segurança mínima no Texas. Nesta sexta, ao falar na rede social X sobre a decisão de divulgar a íntegra do depoimento, Todd Blanche afirmou que ela foi tomada "no interesse da transparência". Desde que passou a ser pressionado sobre o caso Epstein, Trump vem tentando se distanciar da história e já se irritou diversas vezes com perguntas sobre ela. Há pouco mais de um mês, em um post na rede Truth Social, o republicano chamou os rumores sobre a 'lista de Epstein', que há anos se espalham pelas redes sociais, de "farsa" e "bobagem", e chegou a acusar os adversários da oposição, membros do Partido Democrata, de um "golpe". Veja outros trechos do depoimento: Jeffrey Epstein e Ghislaine Maxwell. John Minchillo/Associated Press Chantagens com fotos e vídeos "Você já ouviu, quando estava presente em conversas que o Sr. Epstein estava tendo, ou outros estavam tendo, alguém acusá-lo de chantageá-los ou de tentar extorquir, por causa de algo que o Sr. Epstein sabia?", perguntou Blanche. "Não", respondeu Maxwell. Entenda o que é a 'lista de Epstein' EUA antecipam recesso do legislativo pra evitar a votação sobre arquivos do caso Epstein O presidente dos Estados Unidos vem enfrentando uma turbulência política por causa da chamada “lista de Epstein”. Desde o início do mês, o republicano tem sido pressionado até por aliados por não cumprir a promessa de divulgar o documento. Mas, afinal, o que é essa lista? Para entender, é preciso lembrar quem foi Jeffrey Epstein. O bilionário tinha conexões com figuras influentes do mundo político, financeiro e artístico. Ele morreu em 2019, em uma prisão em Nova York, acusado de comandar uma rede de abuso sexual contra dezenas de meninas menores de idade. ▶️ É de conhecimento público que Trump e Epstein foram amigos nas décadas de 1990 e 2000. O atual presidente nunca foi investigado sobre o caso e afirma ter se afastado do bilionário quando as denúncias de abuso sexual vieram à tona. Nome de Trump em arquivos de Epstein Reprodução Durante a campanha de 2024, Trump prometeu mais de uma vez que, se voltasse à Casa Branca, tornaria públicos arquivos secretos sobre as investigações do caso. Durante uma entrevista, ele disse ser “muito estranho” que uma lista de clientes de Epstein nunca tivesse sido divulgada. "É muito interessante, não é?”, afirmou. Trump também garantiu que “não teria problema” em revelar os nomes. 💡 Ou seja, a lista de Epstein seria um suposto documento com nomes de pessoas envolvidas no escândalo sexual — algo que nunca foi oficialmente confirmado. Em fevereiro, o governo dos EUA divulgou uma série de arquivos sobre o caso. A procuradora-geral de Trump, Pam Bondi, chegou a dizer que uma lista de clientes de Epstein estava em sua "mesa para ser revisada". Mas uma reviravolta começou nos meses seguintes: Em junho, o bilionário Elon Musk fez com que o caso voltasse à mídia durante uma briga pública com Trump. À época, ele publicou no X que o nome do presidente aparecia nos arquivos de investigação. O post acabou sendo apagado, e Musk pediu desculpas. Um mês depois, o Departamento de Justiça dos EUA divulgou uma nota oficial afirmando que Epstein cometeu suicídio e que o FBI não encontrou provas da existência de uma "lista de clientes". A declaração frustrou apoiadores de Trump, muitos dos quais espalham teorias da conspiração sobre o caso — algumas impulsionadas pelo próprio presidente. A cobrança dentro da própria base irritou Trump. Na semana passada, ele chamou a lista de Epstein de “farsa“ e “bobagem“, acusando a “esquerda radical” de alimentar boatos. Mas esse discurso ainda não colou. LEIA TAMBÉM: Ex de Epstein presta depoimento ao governo dos EUA em meio a polêmica envolvendo Trump Trump na lista de Epstein? O que diz a Casa Branca Trump foi avisado pelo próprio governo de que seu nome aparece em arquivos de Jeffrey Epstein, diz jornal

FONTE: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2025/08/22/ex-de-epstein-diz-que-nao-acredita-que-ele-tenha-cometido-suicidio-em-depoimento.ghtml


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