Voo da FAB para repatriação de brasileiros decola de Lisboa com destino ao Líbano

  • 05/10/2024
(Foto: Reprodução)
Trajeto rumo a Beirute estava previsto para a sexta-feira (4), mas acabou adiado por motivos de segurança. Avião deve trazer 220 pessoas, entre brasileiros e familiares. O avião que vai resgatar brasileiros no Líbano pousou na manhã desta quarta-feira em Lisboa, Portugal Divulgação/FAB O avião da Força Aérea Brasileira (FAB) que fará a repatriação de brasileiros no Líbano decolou neste sábado (5) de Lisboa, em Portugal, com destino a Beirute, capital libanesa. De acordo com a FAB, a aeronave levantou voo às 6h55, com pouso previsto para 11h (horário de Brasília). Após o embarque dos passageiros, o avião retorna para Lisboa, onde fará uma parada técnica. A previsão de chegada ao Brasil é na manhã de domingo (6), na Base Aérea de Guarulhos (SP). A expectativa é que 220 brasileiros e familiares retornem ao país. O Itamaraty ainda não atualizou a lista de passageiros. O número pode sofrer alterações, já que os cidadãos podem desistir de fazer o trajeto. Este primeiro voo estava previsto para ser realizado nessa sexta-feira (4), mas acabou adiado por razões de segurança. Ao longo da semana, Israel realizou bombardeios em diversas regiões do país, afetado pelo conflito entre forças israelenses e o grupo extremista Hezbollah. Repatriação adiada: trecho por estrada até aeroporto de Beirute é o que mais preocupa Avião para resgatar brasileiros no Líbano só aguarda autorização Operação Raízes do Cedro A aeronave, do modelo KC-30, que faz parte da operação de resgate batizada de Raízes do Cedro decolou da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, na madrugada de quarta-feira (2) e chegou a Portugal na manhã do mesmo dia. Segundo uma fonte do Itamaraty, quase 3 mil pessoas demonstraram disposição para voltar ao Brasil. A maioria é de moradores do Vale do Bekaa e da capital, Beirute. O brigadeiro Marcelo Damasceno, comandante da Aeronáutica, informou que o Brasil tem capacidade para buscar 500 pessoas por semana no Líbano. Bombardeios israelenses deixam rastro de destruição em Beirute, capital do Líbano A decisão por uma missão oficial foi tomada após uma conversa do presidente Lula e do chanceler Mauro Vieira, no México, onde eles estavam no início desta semana para acompanhar a posse da nova presidente Claudia Sheinbaum. A embaixada em Beirute está fazendo consultas com comunidade local desde terça-feira da semana passada, e a procura de brasileiros que querem voltar ao país tem aumentado dia após dia. Em paralelo a isso, estão sendo montadas listas com as pessoas que devem deixar o país com a ajuda oficial. Segundo fonte do Itamaraty, os números tendem a oscilar porque algumas famílias desistem, outras conseguem sair por conta própria e outras podem entrar na lista em decorrência do aumento dos riscos. Em 2006, última grande crise militar entre Israel e Hezbollah, cerca de 3 mil brasileiros deixaram o Líbano. Conflito armado O Líbano tem sido alvo de bombardeios aéreos do Israel, que mira alvos do grupo extremista Hezbollah em território libanês. Os ataques têm atingido também civis, e dois cidadãos brasileiros já morreram desde a intensificação dos ataques a partir do dia 20 de setembro. Nesta segunda (30), houve registro de invasão por terra. Mauro Vieira levou a Lula elementos da situação em Beirute, capital do Líbano, e das conversas que teve em Nova York. No sábado (28), o chanceler do Brasil se reuniu com o chanceler do Líbano, Abdallah Rashid Bou Habib. Os dois avaliaram o atual momento do conflito entre Israel e o grupo extremista Hezbollah e discutiram as chances de uma repatriação de brasileiros no país. Desde a segunda-feira passada (23), o Itamaraty discute a necessidade de uma operação de repatriação. O grande ponto era a opção por qual rota seria usada para o resgate. Além do uso do próprio aeroporto de Beirute, que até o momento continua aberto, o governo brasileiro também mapeia a possibilidade de usar bases aéreas operadas pela Rússia dentro do território da Síria. Há duas mais próximas da fronteira com o Líbano: em Hmeymim, ao norte do Líbano e em Shayrat, a noroeste do Líbano. Não está descartada uma outra opção, tida como mais complexa. A retirada dos brasileiros pelo Chipre.

FONTE: https://g1.globo.com/politica/noticia/2024/10/05/voo-repatriacao-brasileiros.ghtml


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