Trump reivindica para si acordo de cessar-fogo e Biden exalta esforços de seu governo; veja repercussão

  • 15/01/2025
(Foto: Reprodução)
Segundo autoridade envolvida nas negociações, aprovação de segunda trégua na guerra entre Israel e Hamas foi garantida após intensos debates nesta quarta-feira (15). Mesmo antes da oficialização, Donald Trump comemorou em rede social. Presidente eleito dos EUA, Donald Trump. Reuters Israel e Hamas concordaram com um cessar-fogo nesta quarta-feira (15), após dias de intensas negociações, segundo a Reuters e fontes da Casa Branca. Horas antes da confirmação, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, antecipou o anúncio em sua rede social. "Temos um acordo para os reféns no Oriente Médio. Eles serão libertados em breve. Obrigado" A publicação do republicano na Truth Social ocorre em meio a uma corrida com Joe Biden pelos créditos do acordo. Post de Donald Trump sobre acordo de cessar-fogo Truth Social / Reprodução Pouco menos de duas horas depois foi a vez do presidente americano, Joe Biden, falar sobre a aprovação do acordo na rede social X. Ele reivindicou o crédito pelo sucesso citando a equipe diplomática de seu governo. "Hoje, depois de muitos meses de diplomacia intensiva pelos Estados Unidos, junto com Egito e Qatar, Israel e Hamas chegaram a um cessar-fogo e acordo de reféns. Minha diplomacia nunca cessou seus esforços para fazer isso – falarei mais sobre isso em breve", escreveu, acompanhada de um comunicado. Initial plugin text Saiba detalhes do acordo Biden e Trump correm para viabilizar o acordo entre Israel e Hamas e levar o crédito pelo cessar-fogo A guerra acabou? Por que o acordo entre Hamas e Israel só saiu agora? Entenda a situação em Gaza Outros líderes mundiais também se pronunciaram após a oficialização da aprovação do acordo. Confira: Keir Starmer, primeiro-ministro do Reino Unido: "Após meses de derramamento de sangue devastador e inúmeras vidas perdidas, esta é a notícia há muito esperada que o povo israelense e palestino esperava desesperadamente. Para os palestinos inocentes cujas casas se transformaram em uma zona de guerra da noite para o dia e para os muitos que perderam suas vidas, este cessar-fogo deve permitir um grande aumento na ajuda humanitária, que é tão desesperadamente necessária para acabar com o sofrimento em Gaza. E então nossa atenção deve se voltar para como garantir um futuro permanentemente melhor para o povo israelense e palestino". Acordo de cessar-fogo entre Hamas e Israel e libertação de reféns entra na fase final de negociação Negociações a todo vapor O primeiro passo do acordo será um cessar-fogo inicial de seis semanas com a libertação de 33 reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos e uma retirada gradual das forças israelenses do centro de Gaza e o retorno dos palestinos deslocados ao norte do enclave. Uma segunda fase prevê a libertação de todos os reféns restantes, um cessar-fogo permanente e a retirada completa dos soldados israelenses. Segundo o site "Axios", 98 reféns israelenses sob o poder de Gaza ainda estariam vivos. Uma questão mais polêmica e ainda sem resposta é quem governará Gaza depois da guerra. Israel rejeitou qualquer envolvimento do Hamas, que governava Gaza antes da guerra, mas se opôs quase igualmente ao governo da Autoridade Palestina, o órgão criado pelos acordos de paz provisórios de Oslo há três décadas e que tem poder de governo limitado na Cisjordânia. O primeiro-ministro palestino, Mohammad Mustafa, disse nesta quarta-feira que a Autoridade Palestina deve ser o único poder governante em Gaza após a guerra, ideia que foi defendida nesta terça por Antony Blinken. Na segunda-feira (13), as autoridades envolvidas nas negociações divulgaram que uma versão "final" do acordo havia sido entregue. Horas depois, o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, também afirmou que considera possível um acordo de trégua em Gaza "esta semana". "Estamos perto de um acordo e ele pode ser fechado esta semana. Não estou fazendo uma promessa ou uma previsão, mas está ao nosso alcance", disse Sullivan aos repórteres. Parentes de reféns na fronteira de Israel com a Faixa de Gaza REUTERS/Amir Cohen O avanço nas negociações foi feito em Doha durante a noite de domingo (12), após conversas com representantes de Israel, dos Estados Unidos e do Catar. Horas antes, o presidente americano, Joe Biden, conversou com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, por telefone. Os dois discutiram iniciativas já em andamento, que visam colocar um fim aos combates no enclave palestino e libertar os últimos reféns, disse a Casa Branca em um comunicado. Biden "insistiu na necessidade imediata de um cessar-fogo em Gaza e no retorno dos reféns, com um aumento na ajuda humanitária possibilitado pela cessação dos combates como parte do acordo", escreveu a Casa Branca. As autoridades dos EUA estão trabalhando para obter um acordo antes da posse de Trump, em 20 de janeiro. O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa'ar, disse nesta segunda-feira (13) que o país estava "trabalhando duro" para garantir um acordo que encerraria a guerra e permitiria a libertação de reféns mantidos no território palestino. "Israel realmente quer libertar os reféns e está trabalhando duro para chegar a um acordo. As negociações estão avançando", disse ele em uma coletiva de imprensa conjunta ao lado do chanceler dinamarquês, Lars Lokke Rasmussen. À agência de notícias Reuters, o Hamas afirmou na segunda que as conversas sobre algumas questões centrais para o cessar-fogo em Gaza progrediram e que seus representantes estão trabalhando para concluir o que resta discutir em breve. Prédios destruídos na Faixa de Gaza durante conflito entre Israel e Hamas, vistos do sul de Israel Kai Pfaffenbach/Reuters Cerca de 100 reféns israelenses, vivos ou mortos, ainda estão nas mãos do Hamas desde os ataques de 7 de outubro de 2023 pelo grupo palestino no sul de Israel. A represália de Israel já deixou mais de 46 mil mortos em Gaza, de acordo com autoridades de saúde palestinas. O enclave está destruído e enfrenta uma crise humanitária. A maior parte da população foi deslocada.

FONTE: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2025/01/15/trump-reivindica-para-si-acordo-de-cessar-fogo-em-gaza-repercussao.ghtml


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