'Israel tem o dever e o direito de se defender e vai fazer isso', diz Netanyahu após ataques do Irã
05/10/2024
A declaração acontece após Irã disparar cerca de 200 mísseis contra o território israelense na última terça-feira (5). Porta-voz do exército e presidente de Israel também fizeram declarações. Benjamin Netanyahu em coletiva de imprensa.
Ohad Zwigenberg/Pool via REUTERS
O primeiro-ministro de Israel ,Benjamin Netanyahu, prometeu contra-atacar o Irã por seu ataque com mísseis balísticos na última terça-feira (3).
"Israel tem o dever e o direito de se defender e responder a esses ataques - e nós o faremos", disse Netanyahu durante uma transmissão em vídeo realizada neste sábado (5).
O primeiro-ministro disse ainda que Israel destruiu "grande parte" do estoque de mísseis e foguetes do Hezbollah e, que, embora não tenha "concluído a remoção da ameaça", conseguiu mudar o rumo da guerra e ainda pretende fazer mais.
Também neste sábado (5), um porta-voz do exército israelense disse que retaliação contra Irã acontecerá da "maneira, local e no momento" certos, segundo a Reuters.
Ainda, no mesmo dia, o presidente de Israel, Isaac Herzog, disse que o Irã é uma "ameaça permanente" para Israel desde o ataque do Hamas contra o país no dia 7 de outubro de 2023, segundo a AFP.
"Em muitos aspectos, seguimos vivendo as sequelas do 7 de outubro [...] Há uma ameaça permanente do Irã e de seus agentes terroristas ao Estado Judeu, eles estão cegos pelo ódio e empenhados na destruição da nosso único Estado-nação judaico", disse Herzog em um discurso por ocasião do primeiro aniversário do ataque do Hamas.
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O ataque do Irã
'Chuva de mísseis' é vista nos céus de países Oriente Médio em ataque do Irã contra Israel
O Irã lançou mísseis contra Israel na terça-feira (1º). Uma ação do país era aguardada desde o fim de julho, quando Ismail Haniyeh, então chefe do Hamas, foi assassinado na capital do Irã. O governo iraniano responsabilizou as autoridades israelenses pela morte de Haniyeh e disse que a operação representava uma violação da soberania do país.
Nos últimos dias, o Irã voltou a prometer uma resposta à Israel pelas mortes de Hassan Nasrallah, chefe do grupo extremista Hezbollah, e de Abbas Nilforoushan, membro da cúpula da Guarda Revolucionária do Irã. Ambos foram mortos em bombardeios israelenses em Beirute, no Líbano.
O Irã é um importante aliado do Hezbollah, que é considerado grupo terrorista por Estados Unidos e Israel. O grupo extremista e os militares israelenses aumentaram as tensões nos últimos dias, que resultaram em trocas de ataques e bombardeios no Líbano, com mais de 1 mil mortes.
Na noite desta terça-feira, pelo horário local, mísseis iranianos cruzaram os céus de Tel Aviv e Jerusalém, em Israel. As autoridades israelenses afirmaram que grande parte dos artefatos foi abatida. Além disso, o sistema de defesa Domo de Ferro operou para interceptar as ameaças iranianas.
Diante do ataque, os militares israelenses emitiram uma ordem para que a população procurasse por abrigos e bunkers. Sirenes de aviso tocaram por todo o país. O espaço aéreo também foi fechado.
Cerca de 20 minutos após uma primeira onda de mísseis, uma segunda leva de artefatos foi lançada. A agência de notícias estatal iraniana afirmou que alguns artefatos atingiram locais controlados por Israel no território palestino da Cisjordânia.
O governo de Israel informou que duas pessoas ficaram feridas sem gravidade e que não houve registro de prédios ou residências atingidos.
O chefe do Conselho de Segurança dos Estados Unidos, Jake Sullivan, afirmou que o ataque iraniano não atingiu nenhuma infraestrutura estratégica de Israel. Além disso, não há relatos de mortes.
O governo do Irã disse que, após o envio de mísseis, o aiatolá Ali Khamenei — autoridade máxima do Irã — foi colocado em um local protegido e a salvo.
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